Outro texto sobre Festas Juninas, escrito para a coluna “Alto Astral”. É tempo de quermesse...
Sem balões, com magia
"Cai, cai, balão, cai, cai, balão, aqui na minha mão. Não cai não, não cai não...” E não pode cair mesmo! Vai longe o tempo em que a música de roda animava as noites frias e era cantada pelas crianças a plenos pulmões. Os balões cintilavam no céu, disputando com as estrelas qual brilhava mais na escuridão noturna. Era tempo de Festas Juninas, e adultos e crianças se aqueciam ao redor das fogueiras, ansiando pelo momento de fazer subir o balão colorido e iluminado, tão caprichosamente confeccionado.
Tempo que já foi... Hoje, os balões foram banidos, não fossem eles tão perigosos, assassinos potenciais, capazes de matar e destruir. É o preço do progresso, que somente os irresponsáveis teimam em ignorar. Agora, em vez de “cai, cai, balão”, é: “Balão no céu, perigo da terra”. Uma pena, mas temos que nos adaptar aos novos tempos.
E, já que não podemos soltar nem correr atrás dos balões, vamos preservar a magia da época da melhor maneira possível. Com música, quadrilha, delícias da cozinha brasileira e, sobretudo, com muito calor humano. Vamos curtir as noites frias saudando os santos da época com alegria. Um sorriso para quem está ao lado, um abraço carinhoso e um beijo em quem está pertinho de nós.
Quermesses são ambientes mágicos, onde nossas raízes culturais se manifestam com muito vigor. Pelo menos, nas quermesses autênticas. Embalados pelo som dos sanfoneiros, tomando quentão, comendo paçoca e cocada, aconchegando-nos à fogueira, vivamos esses momentos especiais. E demos Vivas! A Santo Antônio, São João e São Pedro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário