terça-feira, 27 de julho de 2010

Como salvar nossas crianças?

O que estamos fazendo com nossas crianças? Que País é este que não as protege? Quem somos nós que permitimos sua degradação? Por que se multiplicam os pedófilos e traficantes?
Felizmente, há quem se preocupe com a situação. A operação Tapete Persa - não me perguntem o motivo do nome -, da Polícia Federal, desenvolvida em nove Estados e no Distrito Federal, prendeu ontem 20 pessoas por distribuição de pornografia infantil. Além disso, deu prosseguimento à execução de 80 mandados de busca e apreensão de material.
Entre os presos, desde menores de idade até homens com mais de 70 anos. Entre as imagens apreendidas, algumas chocantes, envolvendo bebês e crianças pequenas. Tão degradantes que impressionaram o delegado Marcelo Bórsio, do Grupo Especial de Combate à Pornografia Infantil.
O resultado imediato: menos pedófilos em circulação, menos crianças abusadas. Mas será suficiente? Até quando os presos permanecerão na cadeia? Quando chegarão os advogados para soltá-los? Não fica a sensação de que estamos apenas enxugando gelo?
Já no combate aos traficantes, o governo lançou uma revistinha da Mônica intitulada "Uma história que precisa ter fim". Muito bem feita, com uma historinha didática envolvendo os principais personagens criados por Maurício de Sousa, é uma arma poderosa, sem dúvida, já que atrai e prende a atenção das crianças.
Um apoio para as explicações que pais e professores têm obrigação de dar às suas crianças, sobre o perigo das drogas. A revistinha já circula na Internet, em formato pdf. Quem quiser acessá-la deve ir ao Google e pesquisar "revistinha da Mônica sobre drogas".
Enfim, são iniciativas importantes na proteção à criança. Mas não nos parece muito pouco diante da avassaladora ação do tráfico e da pedofilia?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mulheres-frutas no alvo

Pois é, além de detonar os falsos guias espirituais, José Wilker, em entrevista dada a revista de circulação nacional, apontou sua metralhadora giratória para a onda de mulheres-frutas que toma conta da mídia. Ele não se conforma com a moda de mulher-melancia, mulher-morango, mulher-maçã e todas a relação de frutas utilizada para colocar em destaque os atributos físicos de mulheres que se prestam a esse triste papel.
Vale tudo para chamar a atenção, ter minutos de fama, ganhar uma graninha e desaparecer do mapa. Porque é essa a escala percorrida por jovens despreparadas para a vida, que sonham com o estrelato e não percebem o triste papel a que se submetem.
Razão tem o Wilker ao dizer que atributos físicos não são sinônimo de mulher interessante e atraente. É preciso mais. Eu acrescento: é necessário uma mulher inteira, com físico, intelecto e alma bonitos. E esperteza suficiente para não cair em engodos como o das mulheres-frutas.

domingo, 4 de julho de 2010

"Cãominhada" precisa mudar de lugar

Mais uma vez, foi dia de festa para inúmeras pessoas que tomaram conta das calçadas e pistas da avenida da praia. Esta "Cãominhada" é muito bonita, interessante, empolgante para donos de cachorros. Mas, na minha opinião, estressante para os bichos, que, em grande parte, latem incontrolavelmente e parecem assustados, confusos e sem senso de orientação. Alguns olham para as pessoas com olhos tão assustados, que dá pena.
Mas seus donos continuam todos orgulhosos passeando ou mesmo "arrastando" seus cachorros pela rua lotada de adultos, idosos, crianças, carrinhos, ambulantes etc. Quanto aos moradores dos prédios em frente ao trecho onde a "Cãominhada" é realizada, continuam sendo considerados cidadãos de segunda classe, sem a menor possibilidade de sair de casa com seus carros, já que as duas pistas da avenida, interditadas ao trânsito, se transformam em autêntica passagem de pedestres e cães, em número tão grande que o risco de atropelamento é muito alto.
Enfim, tudo como nos anos anteriores, com os mesmo problemas e alguns (poucos) benefícios, entre estes, o atendimento médico gratuito aos cães. O problema maior continua sendo o local escolhido para a realização da "Cãominhada". É provável que só entendam o tamanho do problema quando alguém precisar de socorro médico e a ambulância não puder atender, por absoluta impossibilidade de chegar ao prédio de onde partiu o pedido de socorro. Ou quando houver um início de incêndio e os bombeiros não puderem chegar a tempo.
Para comprovar que o problema não é de hoje, basta ler uma postagem mais antiga, do ano passado, onde conto as agruras pelas quais passou um amigo morador da orla. O título é "Domingo na praia - De cachorro, já é demais". Leiam e vejam se não tenho razão.