Com amor e bom humor
Você vem pelo corredor da escola, com aquele seu jeito
muito especial – que alterna corrida e pulinhos –, seguido por seu irmão.
Quando me veem, provam que os pulmões estão em plena forma ao gritarem:
“Vovóóó...”! E é aí que, se o dia está escuro, dentro e fora de mim, acontece
uma explosão de emoções e de cores. E, se está claro, a intensidade da luz se
eleva ao ponto mais alto que um ser humano pode suportar.
Então, vêm os beijos e abraços
apertados em mim e na mamãe, as brincadeiras com as mochilas, o riso solto com
os coleguinhas, a festa que só existe porque vocês são crianças alegres e
espontâneas. Esse é o ritual na saída da escola, nos dias em que eu vou
buscá-los com sua mãe.
Não, Luiz Felipe, você não pode
imaginar o que significa, para mim, essa convivência com você e seu irmão João
Vitor! São momentos preciosos, inesquecíveis! Sou eu testemunhando o
crescimento e o progresso de duas crianças sapecas e inteligentes.
Você, Tite – seu apelido ficou esse
mesmo, dado por seu irmão João, lembra-se ? – é encantador em seus três
aninhos. É!... Você já está fazendo três anos! Rápido demais! Por isso, eu
procuro viver intensamente cada minuto ao seu lado, observando cada sorriso,
cada resposta rápida e certeira, cada pulinho, cada brincadeira.
Sua inteligência convive com o sorriso
permanente em seu lindo rosto, que revela estar sempre pronto a uma peraltice.
Irrequieto, falador, já canta em inglês (o refrão é interminável!). Cumprimenta
as pessoas, deseja “Feliz Natal” e dá parabéns, com a mesma graça com que, ao
perceber que a mamãe ajudou a vovó a encaixar dois objetos, comentou olhando
para mim: “Viu? É assim que se faz!”
Continua adorando carros, trens e o relógio do vovô,
mas, se o João pega o iPad, o tênis, um agasalho ou brinquedo, você não diz
nada, larga tudo e sai correndo para pegar os seus objetos semelhantes e volta
com eles sério e todo feliz, atitude que, particularmente, me deixa encantada. Aliás,
imitar o irmão mais velho, brigar com ele e abraçá-lo são constantes nesse
carinhoso relacionamento.
Teimoso, amoroso, já sabe pedir desculpas quando “apronta”.
Depois de falar com as pessoas ao telefone, não diz: “um beijo”; prefere dá-los
no ar, obrigando quem está ao seu lado a avisar quem está do outro lado do
telefone: “Ele está mandando beijos!” Quando vovô Paulo chega ou telefona, os
sucessos musicais são o Hino do Bombeiro e o Hino da República, cantados pelos
dois a plenos pulmões.
As aulas de natação são uma grande diversão,
principalmente para quem, como você, gosta da água desde pequenino. E como é
gostoso constatar sua evolução na piscina! Mas, a praia é a “sua praia”, em
especial na Baleia, junto com vovó Janne e vovô Santi. É principalmente ali que
seu tico-tico “voa”, impulsionado por seus pezinhos pedalando.
Mas, quando fica triste, cansado ou aborrecido, quer o
carinho, o dengo e o amor da mamãe – que também dá bronca, quando preciso – e, quando
papai, mesmo cansado, chega em casa, logo pede uma brincadeira, no que é
atendido alegremente. Você, meu amado Luiz Felipe, conquista família e amigos
porque é impossível resistir a seus grandes olhos brilhantes e à sua carinha
sorridente e feliz.
Que essa felicidade que você nos proporcionou com sua
existência, durante esses três anos, esteja presente para sempre em seu
caminho. Que o seu sorriso continue atraindo os pequenos anjos que trazem a
proteção divina. O que esta vovó Ana deseja é que a sua contagiante alegria de
viver o impulsione para um futuro brilhante, construído com trabalho e
dedicação. Mas, também, com muita risada, amor e bom humor!