Charme e emoção
Você vem me beijar e abraçar quando
nos encontramos e também nas despedidas. Sua preocupação é verificar se estou
usando batom e, em caso positivo, perguntar se seu rostinho ficou manchado,
para poder limpá-lo. Tudo com seu sorriso e o charme dos sete anos. Mas,
também, fica no aguardo de eu levantá-lo em meus braços para poder balançar as
pernas alegremente, como fazíamos antes, só que bem mais alto, quando você era
um menininho e eu conseguia segurá-lo no ar por muito mais tempo.
O tempo passou, João Vitor, você
cresceu. Só não sei quem fica mais feliz nesses abraços dos encontros e
despedidas: você, porque ainda pode brincar de ser o garotinho da vovó Ana, ou
eu, por ainda ter forças de levantá-lo e tê-lo em meus braços, mesmo por breves
instantes. Depois, você vai, feliz, cumprimentar os outros vovós, mas meu
coração, alegre, confirma o que já sabia: você e seu irmão Luiz Felipe são
amores eternos.
Sensível e sincero,
não é difícil captar suas emoções: alegria, tristeza, mau humor, euforia e até certa
melancolia. As expressões de seu rosto e do olhar revelam uma personalidade
decidida (e, muitas vezes, teimosa) e amorosa. As “janelinhas” nos dentes da
frente lhe conferem a graça da idade e você ri despreocupado, apostando corrida
com seu irmão Tite e vovó Janne, ou jogando futebol com a família e amigos.
Os vovós são
todos escalados nessas partidas: você pede para vovô Paulo, que já foi craque
no futebol, ensinar algumas posições e dar boas dicas; vovó Janne é a parceira
preferida; vovô Santi também não foge do jogo e a vovó Ana é reserva, só entra
quando os “titulares” estão ocupados. Se bem que, há pouco tempo, após uma
partida em que vovó Ana perdeu de goleada, mas se esforçou muito, veio a sua
avaliação: “Você agora já pode jogar com vovó Janne”!...
Seu
crescimento intelectual se revela em perguntas, raciocínios e conclusões mais
sérios e lógicos, o que não impede de você continuar, como criança que é, curtindo
muito os passeios nos carrinhos e trenzinhos das cidades turísticas, sempre ao
lado do Tite, correndo e se divertindo com ele.
A paixão por
carros também não esmoreceu, revelada em sua torcida nas corridas de Fórmula 1,
assistidas ao lado do papai; nos carrinhos de brinquedo, cuja coleção é
constantemente aumentada, e nas corridas de faz de conta que você disputa com
seu irmão, amigos e com os vovós, quando estão por perto.
Na natação, evoluiu muito e agora já
nada com estilo, na maior piscina da academia. Capoeira continua sendo
atividade constante. Já lê e escreve frases, raciocina com os números e até
defende pontos de vista na escola.
Mamãe é amor e porto seguro. Corrige
atitudes erradas, elogia as corretas. Papai é igualmente sinônimo de amor e
proteção. Ambos são parceiros e orientadores nas brincadeiras e na vida. Sempre
com tempo para um chamego e um carinho.
Tite é o irmão de quem você não se
separa, com quem brinca e “briga” ao mesmo tempo, como todos os irmãos. O que
você faz e diz, ele igualmente faz e repete. Mas, muitas vezes, é você quem o
segue, atraído pela alegria constante do pequeno.
Esse é você, João Vitor, o nosso João
de sete anos. Sorridente, irrequieto, esperto. Esse é você, que conquista
facilmente a simpatia de quem o conhece e que está sempre nos pensamentos de
quem o ama. Nesta data, família e amigos se unem para lhe desejar o melhor dos
mundos. E eu peço que a Proteção Universal o encaminhe sempre pelas boas
estradas, onde, certamente, haverá curvas e pontes, que você vai vencer com
tranquilidade e sabedoria.