segunda-feira, 10 de setembro de 2018

João Vitor - sete anos


                                                          

                   Charme e emoção



Você vem me beijar e abraçar quando nos encontramos e também nas despedidas. Sua preocupação é verificar se estou usando batom e, em caso positivo, perguntar se seu rostinho ficou manchado, para poder limpá-lo. Tudo com seu sorriso e o charme dos sete anos. Mas, também, fica no aguardo de eu levantá-lo em meus braços para poder balançar as pernas alegremente, como fazíamos antes, só que bem mais alto, quando você era um menininho e eu conseguia segurá-lo no ar por muito mais tempo.

O tempo passou, João Vitor, você cresceu. Só não sei quem fica mais feliz nesses abraços dos encontros e despedidas: você, porque ainda pode brincar de ser o garotinho da vovó Ana, ou eu, por ainda ter forças de levantá-lo e tê-lo em meus braços, mesmo por breves instantes. Depois, você vai, feliz, cumprimentar os outros vovós, mas meu coração, alegre, confirma o que já sabia: você e seu irmão Luiz Felipe são amores eternos.

            Sensível e sincero, não é difícil captar suas emoções: alegria, tristeza, mau humor, euforia e até certa melancolia. As expressões de seu rosto e do olhar revelam uma personalidade decidida (e, muitas vezes, teimosa) e amorosa. As “janelinhas” nos dentes da frente lhe conferem a graça da idade e você ri despreocupado, apostando corrida com seu irmão Tite e vovó Janne, ou jogando futebol com a família e amigos.

            Os vovós são todos escalados nessas partidas: você pede para vovô Paulo, que já foi craque no futebol, ensinar algumas posições e dar boas dicas; vovó Janne é a parceira preferida; vovô Santi também não foge do jogo e a vovó Ana é reserva, só entra quando os “titulares” estão ocupados. Se bem que, há pouco tempo, após uma partida em que vovó Ana perdeu de goleada, mas se esforçou muito, veio a sua avaliação: “Você agora já pode jogar com vovó Janne”!...

            Seu crescimento intelectual se revela em perguntas, raciocínios e conclusões mais sérios e lógicos, o que não impede de você continuar, como criança que é, curtindo muito os passeios nos carrinhos e trenzinhos das cidades turísticas, sempre ao lado do Tite, correndo e se divertindo com ele.

            A paixão por carros também não esmoreceu, revelada em sua torcida nas corridas de Fórmula 1, assistidas ao lado do papai; nos carrinhos de brinquedo, cuja coleção é constantemente aumentada, e nas corridas de faz de conta que você disputa com seu irmão, amigos e com os vovós, quando estão por perto.

Na natação, evoluiu muito e agora já nada com estilo, na maior piscina da academia. Capoeira continua sendo atividade constante. Já lê e escreve frases, raciocina com os números e até defende pontos de vista na escola.

Mamãe é amor e porto seguro. Corrige atitudes erradas, elogia as corretas. Papai é igualmente sinônimo de amor e proteção. Ambos são parceiros e orientadores nas brincadeiras e na vida. Sempre com tempo para um chamego e um carinho.

Tite é o irmão de quem você não se separa, com quem brinca e “briga” ao mesmo tempo, como todos os irmãos. O que você faz e diz, ele igualmente faz e repete. Mas, muitas vezes, é você quem o segue, atraído pela alegria constante do pequeno.

Esse é você, João Vitor, o nosso João de sete anos. Sorridente, irrequieto, esperto. Esse é você, que conquista facilmente a simpatia de quem o conhece e que está sempre nos pensamentos de quem o ama. Nesta data, família e amigos se unem para lhe desejar o melhor dos mundos. E eu peço que a Proteção Universal o encaminhe sempre pelas boas estradas, onde, certamente, haverá curvas e pontes, que você vai vencer com tranquilidade e sabedoria.