sexta-feira, 29 de março de 2013

Para termos esperança

Apenas uma rápido pensamento, uma longa oração ou uma meditação profunda? Não importa! A Sexta-Feira da Paixão nos remete não só às misérias humanas, como aos mais nobres sentimentos de amor. Religiosos ou não, crentes ou ateus, deveríamos hoje, todos nós - pelo menos, esta parte da humanidade que ainda consegue pensar e se situar - unir nossos pensamentos e sentimentos em prol de uma sociedade universal fraterna e solidária. Pensar e agir, honrar as palavras e o exemplo Daquele cuja sofrida morte hoje é lembrada. Para que, no Domingo de Páscoa, possamos ter esperança na renovação do ser humano, para podermos acreditar que nem tudo está perdido.

terça-feira, 26 de março de 2013

Nosso retrato

Diversas de hoje, algumas muito, mas muito tristes; outras chegam a ser até divertidas, as famosas "rir para não chorar", como esta:

* O ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, o famoso Lalau, deixou a prisão domiciliar e foi recolhido à cadeia, conforme ordens da Justiça. Argumento do seu advogado, que já impetrou habeas-corpus: se até os mensaleiros, condenados, mas com sentenças sem trânsito em julgado, não foram presos, porque o "dr. Nicolau" tem de ser. Não há contra ele nenhuma sentença com trânsito em julgado, tudo provisório. Portanto... E o pior é que o advogado não deixa de ter alguma razão. "Lalau" está em prisão domiciliar há 13 anos e tem 84 de idade. Roubou dinheiro público, mas por que só ele na prisão? Será um caso para Sherlock Holmes?

* Esta é tristíssima, uma constatação da involução do ser humano: em Limeira,SP, um homem jovem, de 24 anos, matou, por asfixia, a esposa, de 26, e a filhinha, de apenas 1 anos e 8 meses. Depois colocou os corpos próximos a rodas de veículos estacionados, para que, quando estes fossem postos em movimento, parecesse casos de atropelamento. Ainda não se sabe os motivos que levaram este arremedo de homem a cometer tais atos. Será possível chamá-lo assim? Os seria melhor já identificá-lo como verme?

* Em Barra do Piraí, RJ, uma família chora a perda de seu garotinho de 6 anos, assassinado, também por asfixia, pela manicure de sua mãe. Este outro verme - que conseguiu retirar a criança da escola onde o menino estudava, levá-la para um hotel, onde a matou -  ainda tem a desfaçatez de dar entrevista para a TV dizendo que não pretendia matar, "só" sequestrar a criança para pedir resgate e pagar dívidas de tráfico de seu irmão. Mas as coisas "saíram assim", o que fazer, não é? Tem o que fazer sim: prisão perpétua ou pena de morte (sempre fui contra, mas começo a mudar de opinião) para vermes que cometem atos como esse. Depois,ela ainda deu outras versões e motivos para o crime, inclusive por que escondeu o corpo da vítima em sua casa, dentro de uma mala. Ah!, e a escola que liberou o menino sem confirmar com a mãe da criança a veracidade dos fatos, também merece punição rigorosíssima, inclusive com prisão para os responsáveis.

* Para encerrar, um contraponto: foi emocionante o reencontro do ciclista que teve o braço arrancado por um motorista irresponsável, com os dois jovens que o ajudaram e provavelmente salvaram sua vida. Os dois voltavam de uma festa, passando pela Av. Paulista, em São Paulo, quando viram o ciclista caído no chão. Um deles, com formação em enfermagem, prestou os primeiro socorros, fez massagem cardíaca e tomou outras providências até chegar o socorro médico. O ciclista (também jovem) se emocionou no reencontro, abraçou e agradeceu aos dois. Quanto ao motorista - que, além de tudo, jogou o braço arrancado em um rio - o ciclista afirmou que o perdoava, mas lamentou não ter sido procurado por ele até hoje. 

Aí estão as várias facetas do ser humano. Retratos cruéis e nobres do cotidiano, mas, também, nosso próprio retrato!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Adeus, Emílio!

O dia hoje amanheceu triste: morreu Emílio Santiago. Uma perda para a nossa música popular, uma perda para a cultura brasileira. Com sua voz privilegiada, o carioca Santiago encantou platéias em todo o Brasil e no mundo. Gravou vários álbuns, deu incontáveis entrevistas. Sempre com uma disposição e humor invejáveis.
Com a série de álbuns "Aquarela Brasileira", sucesso estrondoso de vendas, ajudou a divulgar a música popular brasileira no exterior, tendo sido comparado a Johnny Mathis e Nat King Cole. Mas ele era Emílio Santiago, um brasileiro que ajudou a dar destaque internacional para alguns de nossos maiores compositores. Ganhador de um Grammy latino, dedicou-se sempre à boa música, manteve estilo e alto padrão. Deveria ser imitado por muitos pseudocantores que se acham o máximo, mas escorregam - e muito! - em um repertório medíocre, quando não, de péssimo gosto.
Que pena, Emílio Santiago! Aos 66 anos, você ainda tinha muito o que contribuir para a MPB, para o nosso gostoso e autêntico samba. Isso, naturalmente, se a mídia deixasse, já que, ultimamente, parece que só o baixo nível tem vez nos meios de comunicação. Não importa: você, Emílio Santiago, deixou seu nome indelevelmente escrito na história da arte brasileira. Agora, vai, com certeza, deitar seu belo vozeirão nos planos superiores!

segunda-feira, 18 de março de 2013

De novo, a tragédia anunciada

O que dizer dos deslizamentos e mortes provocados de novo (a segunda vez este ano) pelas chuvas no Rio e em São Paulo?  Mais uma vez, a região serrana do Rio teve vidas perdidas e grandes prejuízos materiais. E, mais uma vez, a presidente Dilma se manifestou dizendo que medidas mais severas devem ser tomadas para impedir que as pessoas morem em áreas de risco. No Estado de São Paulo, aqui pertinho, Cubatão e São Sebastião também sofrem os efeitos perversos das chuvas, com inúmeras famílias desabrigadas e enormes prejuízos.
E é só isso? Medidas devem ser tomadas para impedir que as pessoas morem em áreas de risco? Lamentável! Ainda se fossem acontecimentos inesperados, poderíamos até concordar. Mas essas tragédias se repetem todos os anos, são tragédias mais do que anunciadas. Em minha opinião, muita coisa pode e deve ser feita. É só descer um pouco aqui no blog, para ler postagens mais antigas, intituladas "Tirar a fantasia antes que chova". Vejam se não tenho razão!