quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Prisão para ladrões de donativos

Ainda a tragédia das chuvas: o que leva uma pessoa, perfeitamente ciente do sofrimento de seres humanos vítimas das inundações e soterramentos, a impedir que o auxílio chegue até eles? É tão monstruosa essa atitude, que não dá para classificá-la. Estou falando de "espertos" que desviam donativos, de irresponsáveis que se "livram" do material doado despejando-o no primeiro buraco que encontram; de marginais que fazem pouco do sofrimento de quem está desesperado e roubam o que restou a essas pessoas.
Enquanto todo um País se mobiliza para amparar e auxiliar as vítimas das chuvas, em uma campanha de solidariedade característica da alma boa do brasileiro, essas aberrações se locupletam às custas da desgraça alheia. Roubam donativos, jogam fora alimentos, água e roupas destinados a diminuir muito sofrimento.
Não terão eles filhos, pais, família? Provavelmente têm, mas seus corações estão calcificados pela insensibilidade e pela maldade. Não conseguem se colocar no lugar das vítimas e, com suas imperdoáveis atitudes, prejudicam-nas ainda mais: muitos possíveis doadores se retraem, acreditando que seu auxílio jamais chegará ao destino final, mas, antes, será desviado por esses marginais.
Recomeçam então os apelos de autoridades e entidades particulares e oficiais, todos garantindo que não permitirão desvios nem desleixo por parte de encarregados de transportar donativos. Felizmente, a maioria da população acredita e continua ajudando. Afinal, já que não se preveniu, vamos remediar. Assim caminhamos. Assim continuamos a viver. Esquecendo os marginais que desviam donativos. E que, se vivêssemos em um País realmente sério, iriam passar uma boa temporada atrás das grades, trabalhando para comer e para ressarcir a sociedade que prejudicaram.

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