Natal chegando, ano acabando. Passou rápido, não? Este é um sentimento que parece comum à grande maioria da população: não vimos o ano passar. Na verdade, de há muito tenho uma convicção a respeito dessa velocidade do tempo: velozes somos nós. Somos nós que assumimos mil e um compromissos, mais uns dois ou três que um amigo ou parente pediu, sempre achando que correndo um pouco dará tempo.
Mas não dá. Quanto mais corremos, menos tempo temos. Quanto mais compromissos assumidos, perante outros ou nós mesmos, menos tempo. Quanto menos espaço para o lazer, para o teatro, o cinema, o livro, o bom filme na TV, o papo entre amigos, menos tempo. Na verdade, nós é que estamos na tal "vertigem da velocidade". E, aí, o dia, a semana, o mês, o ano é que nos parecem passar correndo.
Recebi há pouco um e-mail que roda na Internet há algum tempo, exaltando o modo "slowdown" de vida dos suecos. Tudo é feito após várias reuniões e discussões produtivas, com calma e com um alto senso de civilidade. Sem falar no excelente grau de cultura daquele pequeno país. Até para comer, eles adotam o "slow food", alimentando-se calmamente, saboreando o alimento e curtindo a companhia dos que estão próximos. Tudo, naturalmente, em oposição ao "fast food" americano e de inúmeros outros países. O mais interessante é que, sempre de acordo com o e-mail, a produtividade sueca é alta, maior do que nos países que adotam o modo frenético de vida.
Todos esses dados aumentaram minha convicção de que nós é que estamos fazendo o tempo passar rápido. Não estará na hora de pararmos só um pouquinho para pensar sobre o que estamos fazendo a nós mesmos? Será que precisamos mesmo de toda essa correria do dia-a-dia? A não ser se absolutamente necessário, deveríamos diminuir o ritmo, curtir o momento, pensar mais no hoje e no agora. Só assim poderemos ter uma qualidade de vida melhor, envelhecer menos rápido e parar de dizer que "o tempo está passando rápido demais"...
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